SEICAP ÁVILA 2013 - page 105

XXXVII
Congreso de la Sociedad Española de Inmunología Clínica y Alergología Pediátrica
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mulas para lactentes com
prebióticos
com
o objectivo de prevenir ou tratar a doença
alérgica e a hipersensibilidade alimentar.
A
ESPGHAN
, muito recentemente, concluiu
serem necessários mais estudos relativos
à segurança a longo termo de fórmulas
suplementadas com
prebióticos
e
probió-
ticos
e haver estudos independentes não
financiados pela indústria alimentar.
Em conclusão
Apesar do respeito pelos pressupostos e
das recomendações dos principais
Comités
de nutrição, não podemos ter intervenções
rígidas, sendo aceitáveis intervenções que
tenham em conta determinadas especifici-
dades. Não basta uma intervenção basea-
da na evidência, mas também baseada no
senso e na inteligência.
É inquestionável o efeito benéfico do leite
materno em lactentes com história familiar
de atopia.
Com base na evidência actual, não é possí-
vel concluir que o aleitamento materno ex-
clusivo proteja a criança do risco do desen-
volvimento de asma a longo prazo (depois
dos 6 anos).Todavia o aleitamento materno
parece diminuir os episódios de sibilância,
muitas vezes associados a infecções respi-
ratórias em crianças com menos de 4 anos.
A intervenção alimentar em lactentes de
risco deve estar associada a outras medi-
das de controlo ambiental.
Os
prebióticos
são de um modo geral bem
tolerados e não têm qualquer acção negati-
va no crescimento estaturo-ponderal. Inter-
ferem na flora intestinal, tornando-a mais
próxima da observada em lactentes exclu-
sivamente alimentados com leite materno.
O efeito dos
probióticos
, embora promissor,
carece de evidência científica inequívoca. Por
isso, o seu papel na alimentação do lactente,
à luz da evidência científica actual, embora
não mostrando efeitos adversos, não confe-
re de forma convincente benefícios clínicos
que determine o seu uso universal.
tração de fórmulas infantis suplementadas
com
probióticos
antes dos 4 meses de ida-
de. Depois dessa idade, a suplementação
poderá estar associada a alguns benefícios
clínicos, não havendo robustez de evidên-
cia científica para recomendar o uso uni-
versal de fórmulas suplementadas com
probióticos
. Em lactentes saudáveis estas
fórmulas não parecem trazer problemas de
segurança, nomeadamente no que respei-
ta ao crescimento e efeitos adversos.
Há aspectos mais e menos consensuais no
que respeita aos
probióticos
.
Aspectos menos consensuais: a frágil evi-
dência cientifica do beneficio da sua utili-
zação, nomeadamente pela ausência de
marcadores fisiológicos validados das
funções da mucosa intestinal; questões de
segurança nalguns grupos de risco, como
nos imunodeprimidos; a falta de conhe-
cimento da relação entre estirpes, doses,
modo de administração e efeito a longo
prazo por um lado, e a prevenção ou trata-
mento da patologia alérgica por outro.
Aspectos mais consensuais: o impacto da
complexidade de comunidades endóge-
nas (microflora intestinal) e eventualmente
exógenas (probióticos) e a sua interelação
no estado de saúde do hospedeiro; histori-
camente há noção da eficácia e segurança
através do uso de alimentos fermentados há
centenas de anos; a muito plausível impor-
tância da programação/modulação precoce
da flora individual pelos
probióticos
na pre-
venção da morbilidade a longo prazo.
Em resumo
É insuficiente a evidência que permita re-
comendar a adição de
probióticos
à ali-
mentação do lactente com o objectivo de
prevenir a doença alérgica ou a hipersensi-
bilidade alimentar.
Também não há recomendações gerais ou
especificas sobre o uso de oligossacáridos,
quer em termos profilácticos, quer terapêu-
ticos, sendo insuficiente a evidência que
leve a recomendar a suplementação de fór-
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